Carolina Herrera Resort 2017.
Se depender dos desfiles internacionais, o mood vintage vai reinar na próxima estação. Uma das estampas que esteve presente em feiras e desfile foi o clássico poá, conhecida como estampa de bolinha, petit-pois ou polka dot.
Estampa clássica no guarda roupa da mulher, o poá atravessa décadas na moda, mas foi nos anos 1950 que a padronagem foi consagrada.
Ninguém sabe ao certo como realmente surgiu o poá que possui duas versões sobre a sua origem. A primeira é que surgiu com os imigrantes do leste europeu recém chegados à América, por volta do século XIX, que trouxeram a polka – um ritmo musical que fez muito sucesso na época –, então dizem que criaram uma estampa inspirada no ritmo musical que combinasse com a alegria da sonoridade da polka – daí o polka dot, que em inglês significa poá. A segunda verão afirma que o popularizador da padronagem de bolinhas é o Walt Disney, ao desenhar a Minnie Mouse com sua saia e laço de poá. O primeiro registro do termo “polka dot” foi encontrado na revista literária da Universidade de Yale, em 1854.
O que é certeza foi que o poá teve seu ápice na década de 50, no pós guerra sendo usado tanto por crianças, adultos, donas de casa e as pin-ups. O povo refletindo em estampa a alegria da época com o fim da guerra.
Sem nunca de fato deixar a moda, este clássico, volta e meia, ganha destaque nas passarelas e recobra espaço nas vitrines e no guarda roupa.
Embora a padronagem menor, a mais tradicional, se mantenha em alta, o poá anda sendo flagrado em versões maxi, fazendo mix com florais e até mesmo em versões mais artísticas, como se os pontos fossem desenhados à mão ou em tamanhos e espaçamentos diferentes. Tem para todos os gostos e aplicações.
Pra quem não sabe, o poá é uma das poucas estampas que combina com diversas outras. Não tenha medo na hora de compor um look, use e abuse do mix de estampas. O floral e o poá deixa o look romântico mais funny, já com o animal print ele tem o equilíbrio perfeito entre o sexy e clássico. Para um visual mais cool, ele aparece em variações de tamanho e espaçamento das bolinhas. E vale tudo: mix de cores e tecidos.
Não podemos deixar de citar o trabalho da artista japonesa Yayoi Kusama, que há nove décadas vem criando suas obras e é considerada uma das maiores artistas vivas do Japão. Desde 1977, Kusama tem vivido – voluntariamente – em uma instituição psiquiátrica tentando escapar do seu trauma psicológico.
Em uma tentativa de compartilhar suas experiências, ela cria instalações que mergulha o telespectador em sua visão obsessivamente carregada de pontos infinitos. Em 2012, ela foi convidada por Marc Jacobs, que na época assinava a direção criativa da Louis Vuitton para criar uma coleção totalmente inspirada em seu universo e suas obras. Memorável!
Vitrines e interior das lojas Louis Vuitton com intervenções de Kusama.
Veja abaixo bolsas da Smartbag para você combinar com este clássico reinventado:
Bolsa em verniz com alça transversal.